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Covid-19: Chefes indígenas da Amazónia apelam a ajuda internacional

LUSA
24-04-2020 23:35h

Vários chefes indígenas da Amazónia apelaram hoje a ajuda humanitária internacional para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, de forma a evitar o desaparecimento das suas comunidades, por falta de cuidados médicos e produtos alimentares.

“Nestas comunidades não existem médicos, nem equipamentos de prevenção para essa pandemia. Não há apoio alimentar”, afirmou José Mirabal, da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA), citado pela AFP.

Os apelos à ajuda internacional foram feitos durante uma videoconferência conjunta com a Amnistia Internacional.

“Eles [chefes indígenas] pediram ajuda humanitária internacional para impedir um etnocídio em toda a bacia amazónica”, apontou José Mirabal.

A COICA reúne as confederações e organizações de povos indígenas dos nove países da bacia amazónica: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território francês ultramarino).

A organização representa 511 povos indígenas e mais de 66 tribos em isolamento voluntário, que se aglomeram em milhares de comunidades ancestrais, num território que abrange 200 milhões de hectares daquela que é a maior floresta tropical do mundo.

A pandemia da covid-19 já matou 193.930 pessoas e infetou quase 2,8 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP.

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