SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: “Aliviar as restrições, só quando passarmos o pico dos infetados ativos. E ainda não chegámos lá” - Jorge Buescu

Canal S+ / TB
24-04-2020 15:41h

Com o anunciado fim do estado de emergência e o início do levantamento das medidas de contenção agendados para os primeiros dias de maio, Jorge Buescu lembra que se a tendência se mantiver o pico do número de infetados ativos chegará sensivelmente na mesma altura. Para evitar o que diz poder ser “uma tragédia”, recomenda às autoridades que olhem para os dados que nesta altura são mais importantes.

Tendo em conta a fase crítica de gestão desta pandemia em que estamos prestes a entrar, na qual as autoridades terão de equilibrar a retoma económica do país com a prevenção de um novo pico no número de infeções, Jorge Buescu apela às autoridades que olhem para “a curva certa” e que aliviem as restrições apenas quando já tiver sido atingido o pico do número de infetados ativos. Avançar com essas medidas antes que isso aconteça será, diz, uma loucura.

O número de novos infetados é um dos dados divulgados diariamente a que muita gente dá especial relevância como forma de avaliar a evolução da pandemia. Jorge Buescu recorda que este número está sempre dependente do número de testes realizados e recomenda aos portugueses que considerem sobretudo os dados que não dependem do número de testes, nomeadamente o número de internamentos simples e em cuidados intensivos, e o número de óbitos.
Para o matemático, a estabilidade que estes três indicadores têm tido ao longo do mês de abril significa que temos razões para estarmos otimistas. Resta saber o que vão todos estes números dizer quando começarem a ser aliviadas as restrições.

MAIS NOTÍCIAS