O Líbano anunciou hoje que não registou nenhum novo caso de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, situação que acontece pela primeira vez desde que o país diagnosticou o primeiro doente com covid-19 há dois meses.
No relatório diário sobre a evolução da pandemia, o Ministério da Saúde libanês informou que o total de infetados naquele país é de 677, confirmando a inexistência de novos casos de infeção nas últimas 24 horas.
Esta informação vem confirmar uma tendência que o Líbano, país com cerca de seis milhões de habitantes, tem vindo a verificar nos últimos cinco dias, período durante o qual a contabilidade diária de novas infeções não ultrapassou os cincos casos.
De referir, no entanto, que as autoridades libanesas realizaram na segunda-feira (feriado no país) menos de 500 testes de diagnóstico, número inferior aos cerca de 1.000 testes realizados nos dias anteriores.
O Ministério da Saúde libanês informou ainda que, pelo sexto dia consecutivo, o país não registou nenhum óbito associado à doença covid-19.
Em termos totais, o Líbano contabiliza até à data 21 vítimas mortais.
Em final de fevereiro, o governo do Líbano decidiu encerrar todas as instituições de ensino e, desde 15 de março, decretou o estado de emergência, com o encerramento de fronteiras e a imposição de um recolher obrigatório, que tem sido mais flexível nos últimos dias por causa dos resultados positivos do combate ao novo coronavírus.
Está previsto que o governo libanês prolongue as medidas de confinamento por mais duas semanas, até 10 de maio.
O ministro do Interior libanês, Mohamed Fehmi, afirmou que as medidas não podem ser desagravadas enquanto o país não tiver a capacidade suficiente para testar toda a população, referindo que os planos do governo é aumentar a capacidade para 1.500 testes diários.
Em 21 de fevereiro, o Líbano registou o seu primeiro caso de infeção, uma viajante procedente do Irão, um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19.
A nível global, o novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.