Com recurso a alta tecnologia, as autoridades sul-africanas estabeleceram um sistema de monitorização e avaliação para receber e analisar queixas e denuncias dos media, do público e de outros setores da sociedade, com capacidade para retirar as falsas informações de um conjunto de plataformas.

O processo prevê também o reencaminhamento dos casos para investigação pela polícia.

O sistema resulta de uma parceria entre o Serviço de Polícia da África do Sul (SAPS, na sigla em inglês), o sistema de comunicação e informação do Governo e as redes Media Monitoring Africa e CovidComms.

As queixas poderão ser encaminhadas através de uma plataforma criada para o efeito (www.real411.org) ou de um número Whatsapp (067 966 401).

Na prática, explicaram as autoridades sul-africanas, uma vez identificada uma notícia falsa (fake news) ou uma publicação numa rede social, os donos da plataforma são notificados para que seja retirada.

Operadoras de telecomunicações, fornecedores de serviços de comunicação social e internet serão responsabilizados pela remoção imediata de tais informações.

"Estamos a intensificar a nossa campanha contra a desinformação digital, especialmente em relação à covid-19 e ao confinamento obrigatório", disse o ministro das Comunicações Interino, Jackson Mthembu.

"Temos também de recordar aos sul-africanos que a divulgação de notícias falsas ou desinformação sobre a covid-19 é um delito punível. Já foram feitas detenções e continuarão a ser se as pessoas persistirem na divulgação de notícias falsas", acrescentou.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 874 nas últimas horas com mais de 16 mil casos registados em 52 países.

A África do Sul é o país do continente com o maior número de casos (2.415), registando 27 mortos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em todo o mundo.