“Desta forma permitimos aos países abrangidos grandes margens de manobra financeira para investir na proteção sanitária das suas populações, imediatamente e sem análises morosas caso a caso”, afirmou o ministro num comunicado.

Trata-se, afirmou, de “um ato de solidariedade internacional de alcance histórico”,

Os ministros das Finanças e os líderes de bancos centrais do G20 deram hoje o seu aval a uma suspensão temporária do serviço da dívida dos países mais pobres, segundo um comunicado divulgado após uma reunião por videoconferência.

"Assumimos um compromisso claro, através de organizações internacionais, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. A suspensão da dívida é verdadeiramente importante, significa que os países pobres não têm necessidade de se preocupar em como fazer os pagamentos nos próximos 12 meses", declarou em conferência de imprensa o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan.

“Estamos determinados a não poupar nenhum esforço para proteger vidas humanas”, disse o ministro saudita, cujo país preside atualmente ao grupo que reúne as principais economias mundiais.

O G20 é constituído pelas 19 maiores economias mundiais, entre as quais os Estados Unidos, China, Índia, Japão, África do Sul e Brasil, mais a União Europeia (UE).

Surgido em dezembro na China, o novo coronavírus já fez quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

O continente africano regista até ao momento cerca de 16.000 casos de infeção, numa população total de 1,3 mil milhões de habitantes, mas os especialistas admitem que a situação se agrave rapidamente.