SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Estados-membros devem ajudar agricultores com verbas já existentes

LUSA
15-04-2020 15:03h

O comissário europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski, apelou hoje aos Estados-membros para que reafetem os fundos ainda disponíveis no desenvolvimento rural para o combate à covid-19.

“Há verbas disponíveis para o desenvolvimento rural e que ainda podem ser usadas, num total de seis mil milhões de euros”, disse o comissário, numa reunião, por videoconferência, com a comissão de Agricultura do Parlamento Europeu.

Em relação a estas verbas, ainda que nem todos os Estados-membros tenham reservas disponíveis, o comissário salientou que devem ser “bem usadas”, podendo ser transferidas para ajudas diretas.

Por outro lado, Wojciechowski, numa videoconferência marcada por várias interrupções devido a problemas técnicos, esclareceu que o orçamento da União Europeia para 2020 já não permite intervenções no mercado, como pediram alguns países.

O comissário, na sua intervenção, lembrou ainda que Bruxelas garantiu que os “corredores verdes” continuem abertos, permitindo a circulação de bens agrícolas e de animais vivos.

A Comissão Europeia permitiu ainda o adiantamento entre 50% e 70% dos pagamentos diretos e entre 75% e 85% de alguns inscritos no desenvolvimento direto, sendo que os agricultores podem começar a receber em meados de outubro.

Os agricultores viram também ser facilitado o acesso a linhas de crédito e prolongado para 15 de junho o limite para se candidatarem a ajudas.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

MAIS NOTÍCIAS