SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Estados Unidos querem "mudança radical" no funcionamento da OMS

14-04-2020 18:43h

Os Estados Unidos insistiram hoje numa “mudança radical” no funcionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de críticas à forma como a organização tem gerido a pandemia de covid-19.

Na passada semana, o Presidente Donald Trump ameaçou suspender a contribuição financeira dos EUA para a OMS, acusando a organização de ser demasiado “pró-chinesa”, nas decisões que toma no combate à pandemia.

Hoje, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que OMS não “agiu de forma correta desde o início” e pediu uma “mudança radical” na forma como opera.

“Precisamos de garantir que o dinheiro que gastamos (com a OMS) – dólares de impostos pagos aqui nos Estados Unidos – é usado de forma sensata e para os objetivos pretendidos”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

“No passado, a OMS fez um bom trabalho. Infelizmente, desta vez, não fez o seu melhor e devemos garantir uma mudança radical”, acrescentou Pompeo, que repetiu a crítica sobre a tendência pró-chinesa da organização na esfera das Nações Unidas.

O secretário de Estado também reiterou as acusações ao Governo de Pequim, que, segundo Washington, não foi célere a partilhar avisos sobre os riscos de alastramento da epidemia, na fase inicial da crise sanitária.

Contudo, Pompeo não esclareceu se haverá alguma sanção específica contra a China, como tem sido pedido por alguns dirigentes do Partido Republicano, que apoia o Presidente Trump.

“Os que não agiram de forma adequada ou que engaram ou falharam na partilha de informações ou ainda os que participam em campanhas de desinformação serão responsabilizados quando chegar a hora”, concluiu Pompeo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 23.649 até hoje, e aquele que tem mais infetados, com 582 mil casos confirmados.

MAIS NOTÍCIAS