O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamentou hoje a morte da imunologista Maria de Sousa, considerando que Portugal perdeu um dos pilares fundadores da ciência moderna.
"É com enorme tristeza que lamento ter confirmado esta manhã que a Maria não resistiu...faleceu pelas 02:00 nos cuidados intensivos do Hospital S. José, em Lisboa", escreveu Manuel Heitor numa mensagem enviada à agência Lusa.
Manuel Heitor afirmou, ainda, que a memória e o legado de Maria de Sousa farão história e que "só pode dar mais força aos jovens para fazer mais e melhor ciência em Portugal!".
Maria de Sousa, uma das primeiras mulheres portuguesas a serem reconhecidas internacionalmente pelas suas descobertas científicas, morreu hoje, após uma semana de internamento hospitalar motivado pela covid-19.
A Professora Emérita da Universidade do Porto e Investigadora Honorária do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto notabilizou-se internacionalmente ainda na década de 1960 pelas contribuições que deu para a definição da estrutura funcional dos órgãos que constituem o sistema imunológico.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).
Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 347 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.