O porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), Rui Araújo, explicou que dezenas de outras pessoas estão ainda à espera dos resultados dos testes e que mais de uma centena de pessoas tiveram testes negativos.

“Os cinco casos confirmados desde sexta-feira [incluindo os detetados hoje] estão todos num cluster único confinado. Por isso a possibilidade de contágio para fora do grupo é pequena”, referiu.

“A situação até agora está controlada. Não entrem em pânico”, afirmou.

Os cinco casos confirmados desde sexta-feira fazem parte de um grupo de 37 pessoas que partiu a 01 de abril do posto fronteiriço de Mota-Ain, no norte da ilha, para Díli, em autocarros alugados pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) criado pelas autoridades timorenses para liderar o combate à covid-19.

Com a suspensão dos transportes públicos devido às restrições do estado de emergência, os autocarros foram alugados pelo CIGC, exclusivamente para transportar os timorenses que entraram no país, “não tendo viajado qualquer outro passageiro comum”, indicaram as autoridades.

O Governo explicou que os autocarros foram acompanhados por efetivos da Unidade de Polícia de Fronteira (UPF) até ao hotel em Díli, onde ficaram em quarentena e onde foram detetados os cincos casos.

Depois disso, explicou Rui Araújo, o autocarro regressou, sob escolta policial, para a zona da fronteira, onde ficou retido e está sem ser usado desde aí.

Rui Araújo explicou que as autoridades timorenses informaram já as suas congéneres na Indonésia, de onde vieram os timorenses infetados, no âmbito dos acordos de cooperação internacionais em vigor para casos como este.

Os últimos dados do Governo mostram que estão em confinamento obrigatório um total de 570 pessoas, tendo o número total de casos suspeitos desde o início subido para 178 dos quais 34 estão ainda à espera de resultados, com seis casos positivos e os restantes negativos.

A pandemia da covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, já causou mais de 118 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, sendo os Estados Unidos o país que regista o maior número de mortes (23.529) e de infetados (mais de 570 mil).