O presidente do PSD criticou hoje aqueles que acusam o partido de rejeitar “isto ou aquilo”, considerando que o fazem “para enganar quem os ouve” e salientou que os sociais-democratas sempre disseram que não contribuiriam para “folclore parlamentar”.
Numa mensagem publicada na sua conta na rede social Twitter, Rui Rio salientou que “o PSD sempre disse que não avalizava o folclore parlamentar”, razão pela qual “votou contra as mais de 100 propostas apresentadas” na Assembleia da República e “recusou debatê-las nuns escassos 12 minutos”.
“Os que agora acusam o PSD de ter rejeitado isto ou aquilo em concreto fazem-no para enganar quem os ouve”, assinalou o líder social-democrata.
Na quarta-feira, o parlamento debateu e votou dois diplomas do Governo, três apreciações parlamentares e cem iniciativas da oposição, entre projetos-lei e de resolução, todos relacionados com a pandemia de covid-19.
O PSD foi o único partido que não apresentou projetos, apenas propostas de alteração aos diplomas do Governo, e manifestou-se contra o que classificou de "folclore parlamentar", tendo votado contra as 100 iniciativas.
Numa entrevista ao semanário Expresso, divulgada hoje, a coordenadora do BE, Catarina Martins considerou que a “posição do PSD é inaceitável” porque o estado de emergência decretado devido ao novo coronavírus “não suspendeu os poderes do parlamento”.
“Quando um partido diz que não apresenta propostas e que vota contra todas, está a demitir-se da sua função”, criticou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou a morte a mais de 100 mil pessoas e infetou mais de 1,6 milhões em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortos, mais 29 do que na véspera (+6,4%), e 15.472 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quinta-feira (+10,9%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.