O Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) produz 3.000 meios de transporte de zaragatoas por dia que seguem para os hospitais da zona norte do país, no entanto, a falta de reagentes ameaça a produção.
Por um lado, a zaragatoa, “um cotonete gigante e flexível” que permite a colheita do material biológico e por outro, o meio de transporte que corresponde aos tubos e ao líquido de acondicionamento. Juntos, preservam a amostra biológica de um teste de despistagem de Covid-19. Este mesmo líquido é capaz de inativar o vírus garantindo a segurança de quem o manuseia.
A professora Anabela Cordeiro, da FFUP, explica ao S+ como é feito este trabalho laboratorial.
Apesar da importância deste trabalho, continuam a existir obstáculos, nomeadamente, na aquisição de reagentes para a produção deste líquido. Perante este cenário o laboratório decidiu colocar mãos à obra e criar o que está em falta, no entanto, há sempre “alguns reagentes que não temos mesmo capacidade de produzir”, o que vai colocar em causa o trabalho desta equipa.
Os meios de transporte têm vindo a ser distribuídos por hospitais da zona norte do país de forma gratuita.
Portugal regista, esta sexta-feira, 435 mortos associados à covid-19, mais 26 do que na quinta-feira, e 15.472 infetados (mais 1.516), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).