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Covid-19: Embaixadora cubana enaltece presença de médicos do seu país em Angola

LUSA
10-04-2020 15:33h

A embaixadora de Cuba em Luanda considerou hoje que a chegada de mais de 260 médicos cubanos para o combate da covid-19 em Angola "alarga ainda mais a histórica relação de amizade e cooperação" entre ambos países.

Esther Armenteros, que falava aos jornalistas no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, onde desembarcaram 264 médicos cubanos, entre intensivistas, anestesistas e infetologistas, representa a "irmandade do passado, presente e futuro" entre Angola e Cuba.

"E neste momento de contingência vamos reforçar a luta contra a covid-19 que está a causar muitos danos a nível do mundo e Cuba, como sempre, está disposta a ajudar Angola na medida das nossas possibilidades", disse a diplomata.

Os 264 médicos cubanos cumprem a partir de hoje um período de quarentena, num dos centros da capital angolana e posteriormente serão distribuídos pelos 164 municípios angolanos.

Entre o contingente cubano de profissionais cubanos está o médico José Alberto Vauê, que em declarações à Lusa garantiu "trabalho e dedicação" para o combate ao novo coronavírus em Angola.

Já Wiliam Iglesias Marimoh disse que está em Angola para mostrar toda a sua "experiência e conhecimento" para o combate desta pandemia e ajudar o povo angolano.

"Temos sido já preparados sobre o que é enfrentar casos como este tipo de enfermidade, apesar de ser uma novidade para o mundo", sublinhou.

Angola conta com 19 casos confirmados de covid-19, nomeadamente 15 ativos, dois óbitos e dois recuperados.

O país cumpre hoje o último dia do primeiro período do estado de emergência que visa conter a propagação do novo coronavírus, estado de exceção temporária prorrogado para mais 15 dias, a partir de sábado, 11 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou quase 1,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 96 mil.

Em África, há registo de 630 mortos num universo de mais de 12.219 casos em 52 países.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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