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Covid-19: Conselho de Segurança da ONU reúne pela primeira vez sobre a pandemia

LUSA
10-04-2020 08:09h

O Conselho de Segurança das Nações Unidas discutiu pela primeira vez, na quinta-feira, a crise atual da pandemia da covid-19, manifestando um amplo apoio ao trabalho desenvolvido pelo secretário-geral António Guterres.

Na reunião, o Conselho de Segurança da ONU pediu ainda para que se vigie o impacto da pandemia em temas como a paz, segurança e direitos humanos, segundo noticia a agência EFE.

Depois deste conselho ter sido criticado devido à inação inicial, o principal órgão de decisão da ONU realizou na quinta-feira uma reunião privada através de videoconferência.

A reunião foi solicitada por um grupo de membros não permanentes, depois de a tensão entre os Estados Unidos e a China ter impedido qualquer ação anteriormente.

António Guterres, que participou na reunião, voltou a alertar que o mundo enfrenta "o teste mais difícil desde a fundação" das Nações Unidas e apelou à unidade da comunidade internacional.

Para o português, além de uma enorme crise económica e de saúde, a pandemia do novo coronavírus pode ter um claro impacto na paz e na segurança.

Guterres lembrou que estes são temas de competência direta do Conselho de Segurança e pediu para que este se envolva.

O secretário-geral alertou ainda que a pandemia pode levar ao aumento da agitação social e da violência, o que a acontecer prejudicará o combate à covid-19.

António Guterres assinalou ainda o perigo de grupos terroristas verem este momento como uma oportunidade para atacar, desacelerando processos de paz em andamento ou aumentando as violações dos direitos humanos sob o pretexto de conter a doença.

Os 15 membros do Conselho de Segurança não chegaram a acordo para emitir uma declaração no final da reunião, apesar de terem, posteriormente, divulgado uma mensagem.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

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