O Congresso dos Estados Unidos analisa hoje a atribuição de um pacote de ajuda adicional para conter o impacto económico do novo coronavírus, com mais fundos para pequenas e médias empresas (PME), bem como para governos estaduais e municipais.
O montante total em discussão entre Republicanos e Democratas pode chegar aos 460 mil milhões de euros, anunciou hoje a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o líder da minoria Democrata no Senado, Chuck Schumer.
O novo pacote está a ser discutido poucos dias após o lançamento de um plano estímulo económico no valor de 1,8 biliões de euros.
Por outro lado, o líder da maioria Republicana no Senado, Mitch McConnell, já manifestou sua intenção de submeter a votação, na quinta-feira, um fundo adicional de 230 mil milhões para ajuda às PME, após um pacote inicial de 330 mil milhões de euros se ter mostrado insuficiente face às petições.
No final de março, os Estados Unidos aprovaram o maior pacote de estímulo económico da História, com um valor superior a 1,8 biliões de euros, tendo sido votado por unanimidade num exemplo raro de bipartidarismo.
O programa incluía um aumento da cobertura por desemprego, transferências diretas de dinheiro para as famílias e fundos multimilionários para subsidiar pequenas e médias empresas.
A taxa de desemprego nos EUA subiu para 4,4% em março, face a 3,5% em fevereiro, um sinal da gravidade do impacto económico da pandemia de covid-19, sendo que mais de 10 milhões de pessoas solicitaram subsídios de desemprego nas últimas duas semanas.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos tornaram-se o foco central da pandemia, com o número de casos de pessoas infetadas a aumentar para 396.000 e o número de mortos a chegar aos 12.813.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 275 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 750 mil infetados e mais de 58 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados até terça-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 14.555 mortos, entre 146.690 casos de infeção confirmados até quarta-feira, enquanto os Estados Unidos, com 12.910 mortos, são o que contabiliza mais infetados (399.929).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.802 casos e regista 3.333 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 62 novos casos, 59 dos quais oriundos do exterior, e duas mortes.
Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 10.328 mortos (109.069 casos), Reino Unido, 6.159 mortos (55.242 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 1.861 mortes (103.328 casos).