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Covid-19: Cabazes de frescos devem ser descartáveis ou de fácil lavagem - DGAV

LUSA
08-04-2020 17:27h

Os produtos frescos, que integrem cabazes para entrega ao domicílio, devem ser enxaguados e secos antes de embalados, a sua proveniência deve ser segura e o acondicionamento descartável ou de um material fácil de lavar, definiu hoje a DGAV.

“Para a preparação e organização dos cabazes a entregar, especialmente os que são compostos por produtos frescos colhidos nos produtores locais, importa respeitar algumas regras de higiene, tendo como objetivo reduzir ao máximo a possibilidade de transmissão do vírus”, sublinhou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) numa norma hoje publicada.

Assim, a proveniência dos produtos deve ser garantidamente segura, ou seja, estes devem ser obtidos através de produtores que respeitem “as regras de boas práticas agrícolas”, como os intervalos de segurança de pesticidas e higiene nas operações de colheita, os vegetais frescos, acabados de colher, devem ser enxaguados e secos antes de embalados e as raízes cortadas antes da lavagem, enquanto a caixa de acondicionamento deve ser descartável ou de fácil lavagem e desinfeção.

De acordo com esta norma, o acondicionamento deve ser também realizado de “forma disciplinada e com cuidados de higiene”, sendo que, no caso das caixas ou cabazes reutilizáveis, estas têm que ser lavadas entre utilizações com água quente sob pressão, detergente e desinfetante.

Por sua vez, o transporte deve ser feito em veículos de caixa fechada ou tapando os produtos com uma lona ou oleado, lavados e desinfetados no final de cada viagem.

Na entrega, o contacto direto com o cliente é evitado, recorrendo, preferencialmente, a pagamentos antecipados e ao envio de documentos por via digital.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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