O CDS-PP advertiu hoje que quando as escolas reabrirem deverá ser de forma "gradual e absolutamente assimétrica" para garantir a segurança da comunidade académica, e manifestou-se favorável à manutenção dos exames nacionais.
No final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, - que está hoje a receber todos os partidos com assento parlamentar em relação à reabertura do ano escolar devido à pandemia da covid-19 – Francisco Rodrigues dos Santos considerou ser preciso “avaliar a curva das infeções até ao final do mês de abril” para ser possível conquistar “esse passaporte para a normalização da vida dos portugueses e para a descompressão destas medidas restritivas que são impostas”.
“Recomenda o princípio da precaução da saúde pública e da cautela que aguardemos até ao final do mês de abril para analisar a evolução da escalada das contaminações”, defendeu.
Em relação às escolas, disse, “no que diz respeito a essa mesma abertura, quando ela tiver e se tiver lugar terá que ser feita tendo em consideração a segurança de toda a comunidade académica”.
“Sendo certo que nos parece neste momento já bastante claro que, a existir, terá que ser feita de forma gradual e absolutamente assimétrica, reforçando a robustez dos sistemas de vigilância”, afirmou.
O CDS, segundo o seu líder, “defende a manutenção dos exames nacionais e este sistema de acesso ao ensino superior por uma questão de igualdade concorrencial e de justiça inter geracional”.
“É necessário procurar um sistema homogéneo que evite injustiças relativas”, apelou, defendendo a necessidade de “encontrar novas datas para a realização destas mesmas provas e para o términus do ano escolar”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.