As autoridades iranianas anunciaram hoje mais 121 mortes devido ao novo coronavírus e que eleva para 3.993 óbitos o balanço oficial no Irão, o país mais atingido pela pandemia na região do Médio Oriente.
Nas últimas 24 horas o Irão recenseou 1.997 casos, num total de 64.586 casos confirmados, acrescentou Kianouche Jahanpour, porta-voz do Ministério da Saúde durante a conferência de imprensa diária transmitida pela televisão.
O Irão anunciou os dois primeiros casos de contaminação em 19 de fevereiro na cidade de Qom (centro). No exterior do país, diversas entidades têm sugerido que os números oficiais iranianos estão subestimados.
Segundo Jahanpour, 3.956 doentes encontraram-se hoje em estado crítico.
Desde o início da pandemia no Irão, 29.812 doentes que estavam hospitalizados recuperaram da covid-19, assinalou Jahanpour, indicando ainda que o país já efetuou mais de 220.975 testes.
Para tentar limitar a propagação do vírus, as autoridades não impuseram o confinamento mas pediram à população para permanecer em casa “tanto quando possível”.
A proibição de deslocações entre cidades e o encerramento da maioria da atividade comercial considerada não essencial foram outras medidas adotadas.
No decurso de uma reunião do conselho de ministros que hoje decorreu, o Presidente Hassan Rohani declarou que será desencadeada a partir de sábado uma “segunda vaga” no combate contra o novo coronavírus, e que será mais dura que a primeira.
No entanto, Rohani anunciou a reabertura de diversas atividades comerciais “de baixo risco” a partir de 11 de abril, ao referir pretender “manter tanto quanto possível as atividades económicas enquanto prossegue a luta contra o coronavírus”.
Este anúncio foi criticado por diversos especialistas e altos responsáveis, mas Rohani afirmou que “não existe outro caminho”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 275 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.