O PEV afirmou hoje que o ensino secundário será o único cujas aulas poderão vir a ser presenciais em maio, considerando que no caso de o ano letivo se prolongar tem que ser garantido um mês de férias.
À saída de reunião com o primeiro-ministro, António Costa – que hoje está a receber todos os partidos com assento parlamentar sobre a reabertura do ano escolar – a deputada do PEV Mariana Silva admitiu que as escolas poderão abrir em maio, “mas terão que ter toda a segurança de higienização e de proteção para alunos, professores e auxiliares de educação”.
Questionada sobre se reabertura das escolas em maio será para todos os ciclos ou só para alguns, Mariana Silva afirmou que “será só para o secundário, para poder cumprir com os exames nacionais que estão já definidos”.
“Para que não se possa fazer aqui uma interrupção tão abruta de três anos de trabalho que estes alunos já levam”, acrescentou.
O PEV concorda que possa vir a ser preciso “prolongar o ano letivo no tempo”, mas quer que “seja também garantido o mês de férias quer aos professores, aos auxiliares e aos alunos” uma vez que isso será um direito do qual não se pode abdicar.
“Os outros alunos terão a possibilidade através da internet e os canais de televisão, onde serão dados alguns conteúdos, que penso que terminarão mediante as datas que estão previstas no ano letivo”, disse ainda.
São os alunos que vão fazer exame que “terão que ter aqui um prolongamento”.
“Terá que ser cumprido mais ou menos o calendário escolar, para não entrar no mês de agosto, até porque depois tem que haver uma segunda fase e por isso tem que haver algum controlo de datas”, apontou.
Nesta questão das escolas, “a preocupação de Os Verdes é que seja mantida a igualdade e a universalidade do ensino”, afirmou Mariana Silva.
“Temos algumas dúvidas sobre lecionar novos conteúdos através dos métodos, quer seja da internet quer seja da televisão. Deixamos estas nossas dúvidas junto do primeiro-ministro e do Ministro da Educação”, afirmou.
O PEV insiste que “nenhum aluno seja deixado para trás”.
“É importante ajudar os alunos a terminar este ano letivo.
Esperamos que o Ministério da Educação seja capaz de transportar estas novas preocupação e de alguma forma vertê-las nestes planos que tem para futuro”, apelou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.