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Covid-19: Produtores de queijo de Castelo Branco queixam-se de quebra de 50% nas vendas

LUSA
08-04-2020 11:17h

A Associação dos Produtores de Queijo do distrito de Castelo Branco (APQDCB) queixou-se hoje de quebras de 50% nas vendas de queijo e fez um balanço "dramático" da situação que o setor está a atravessar.

"O balanço é dramático. As vendas [de queijo] diminuíram mais de 50%. Aquilo que me tem chegado ao conhecimento é que há gente muito próximo de fechar as portas, sobretudo ao nível dos fabricantes", explicou à agência Lusa Carlos Godinho, da APQDCB.

Este responsável sublinhou que a situação que se vive desde o início da pandemia da covid-19 é muito grave e tem um efeito de cascata, ou seja, se não se vende queijo, não se pode comprar leite.

"Os produtores estão muito apreensivos. Não sabem o que devem fazer ao leite e ao queijo. A maior parte não sabe o que vai acontecer. É uma alteração muito grande na vida das pessoas", frisou.

Já quanto a apoios ao setor, Carlos Godinho explicou que, para as queijarias, os bancos concedem linhas de crédito para apoio à tesouraria: "Para a parte da produção, ainda não ouvimos nada. Espero que venham a dar apoios".

Para já, este responsável adiantou que a única solução passa por pedir que haja uma diminuição na produção, "para ver se se consegue aguentar".

A Associação dos Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco é responsável pelos queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP), queijo de Castelo Branco, Amarelo da Beira Baixa e Picante da Beira Baixa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

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