O primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, retirou hoje o seu pedido de demissão do cargo, que apresentou ao chefe de Estado no passado dia 22 de fevereiro, anunciou o próprio aos jornalistas.
Taur Matan Ruak, que falava depois da sua reunião semanal com o Presidente da República, explicou que tomou a decisão de recuar no pedido de demissão tendo em conta a situação de emergência que se vive no país por causa da pandemia da covid-19.
“Decidi retirar a apresentação do pedido de demissão ao senhor Presidente porque neste momento a nação precisa de todos. Eu estou como primeiro-ministro e tenho de dar o máximo contributo à nação. Por isso retirei a minha demissão”, referiu Taur Matan Ruak.
“O senhor Presidente reiterou o seu apoio máximo ao primeiro-ministro e ao Governo para que possamos fazer o máximo esforço para combater os efeitos, para que não afete os nossos cidadãos”, disse.
Taur Matan Ruak explicou que no encontro com o chefe de Estado discutiu ainda os atuais preparativos em curso para “mitigar e minimizar os efeitos da covid-19 no país”.
O chefe de Estado ainda não tinha até ao momento anunciado qualquer decisão sobre a apresentação do pedido de demissão de Taur Matan Ruak.
Também não se pronunciou sobre uma nova aliança de maioria parlamentar, que reúne seis partidos com assento parlamentar e representa 34 dos 65 deputados e que indigitou Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT) como primeiro-ministro.
Timor-Leste tem atualmente um caso confirmado de covid-19 e está em estado de emergência.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.