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Covid-19: Timor-Leste recebeu menos contentores, menos arroz e combustível

LUSA
08-04-2020 08:59h

O Porto de Díli recebeu menos 704 contentores nos primeiros dois meses do ano, comparativamente ao período homólogo de 2019, com quedas igualmente nas importações de arroz e combustível, segundo a administração portuária.

Dados da Administração dos Portos de Timor-Leste (Aportil), a que a Lusa teve acesso, mostram que em janeiro e fevereiro – os dados de março ainda não estão disponíveis – entraram no país um total de 3.435 contentores, comparativamente aos 4.139 que chegaram nos mesmos meses de 2019.

Os dados mostram igualmente uma queda no número de contentores cheios exportados do país, que passaram de 199 para 82, e uma redução de 579, para 3838, no número de os contentores vazios que saíram de Timor-Leste.

Em termos de carga fora de contentor, os dados mostram uma queda na importação de arroz, com Timor-Leste a receber nos primeiros dois meses do ano 6.800 toneladas de arroz, menos quase 5.000 toneladas que igual período do ano passado.

Entraram ainda menos 1.357 quilolitros de combustível, para um total de 54.464 quilolitros e menos 57 toneladas de madeira.

Em sentido inverso esteve a importação de cimento que aumentou de 39.650 toneladas para 44.268 toneladas.

Em declarações à agência timorense Tatoli, o presidente da Aportil, Flávio Cardoso Neves, disse que falta equipamento de proteção para os funcionários do Porto, especialmente para permitir a inspeção a produtos que continuam a chegar ao país.

Apesar das restrições do estado de emergência devido à covid-19, o Porto de Díli está a operar com normalidade.

A Aportil permitirá agora a saída de qualquer produto importado para Timor-Leste, mantendo apenas as medidas de saúde implementadas e as limitações no acesso a estrangeiros responsáveis pelo transporte de mercadorias ou libertação de mercadorias importadas que devem permanecer na zona internacional dos portos de mar.

Timor-Leste tem até agora um único caso registado de covid-19 e está em estado de emergência desde 28 de março.

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