O Presidente da República timorense pediu hoje um esforço conjunto para combater a covid-19, afirmando que as instituições do Estado estão em plenitude de funções e competências para responder aos riscos do novo coronavírus.
Numa mensagem ao país, Francisco Guterres Lu-Olo pediu a todas as forças políticas e a todo o povo para darem o máximo apoio ao primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, no combate à covid-19.
Lu-Olo falava depois de uma reunião com o primeiro-ministro durante a qual, como confirmou o próprio, retirou o seu pedido de demissão como chefe do executivo, apresentado a 22 de fevereiro, para poder responder adequadamente aos riscos da covid-19.
Lu-Olo deixou avisos à população de que tem que respeitar as medidas específicas implementadas no âmbito do estado de emergência e que “quem não as cumprir sofrerá as consequências”.
Pediu ainda que se continue a cumprir as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde.
O chefe de Estado saudou a “responsabilidade e disciplina” como a população está a responder às medidas do Governo, apesar de “alguns desentendimentos pontuais ou das dificuldades” que se sentem.
“Apelo ao povo e às instituições públicas e privadas e aos cidadãos para que respeitem as medidas”, disse, afirmando que é essencial “um esforço conjunto” para combater e prevenir a transmissão do novo coronavírus.
O chefe de Estado saudou ainda a Igreja Católica por ter suspendido as missas presenciais, especialmente no período da Páscoa, agradecendo à comunicação social timorense por transmitir as eucaristias para toda a população.
Lu-Olo considerou que o Gabinete Integrado de Gestão de Crise está agora “a gerir bem a situação extraordinária”, divulgando informação clara e precisa à população e saudou os profissionais de saúde”, combatentes da linha da frente” na defesa do povo.
Numa referência à atual instabilidade política que se vive em Timor-Leste, Lu-Olo disse que a democracia deve “servir os interesses do povo e não os interesses pessoais ou partidários”.
E criticou os insultos a líderes e órgãos de Estado, considerando que a “liberdade de expressão e informação não dá direito a que se insulte as pessoas sem razão”, já que atacar a dignidade pessoal vai contra a constituição.
“Ser livre e democrático num Estado de direito democrático exige responsabilidade”, afirmou numa declaração perante os jornalistas, mas sem direito a perguntas.
Timor-Leste tem atualmente um caso de covid-19 e está em estado de emergência desde 28 de março.