Uma residência para doentes deslocados que foi proposta em Orçamento Participativo foi terça-feira inaugurada em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com o Governo Regional a considerar que se trata de um exemplo de coesão social.
O presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, destacou na inauguração da obra os "passos graduais na criação de condições, sobretudo para as pessoas que se encontram numa situação de maior fragilidade e até de alguma angústia", e para que os doentes deslocados se possam sentir "acolhidos".
A residência em causa resultou de um projeto do Orçamento Participativo dos Açores na área da Inclusão Social, visando a adaptação de uma moradia com capacidade para 12 pessoas para a criação de uma estrutura de pequena dimensão, com características de habitação, destinada ao acolhimento e conforto de doentes que se encontrem deslocados nesta ilha.
No primeiro de três dias da visita do Governo Regional à Terceira, Vasco Cordeiro realçou ainda “a parceria que se estabelece entre entidades públicas e privadas para garantir o funcionamento de infraestruturas que são de interesse coletivo”, como é o caso da residência inaugurada em Angra do Heroísmo e cuja gestão caberá à associação Casa da Ilha Graciosa na Terceira.
Antes, o chefe do executivo regional visitou as obras de construção de um novo empreendimento turístico em Angra do Heroísmo, reconhecendo “desafios na Terceira", como em toda a região, no setor do turismo, mas valorizando a "tendência dos últimos anos" de "fortalecimento".
"Se tivermos uma perspetiva mais alargada, o que demonstram os números, entre 2012 e 2018, é que a Terceira foi a ilha dos Açores que mais cresceu nas dormidas totais, que registou o maior aumento de estada média, que mais reduziu a taxa de sazonalidade, que registou o maior crescimento de dormidas na hotelaria tradicional e a maior evolução na taxa de ocupação da hotelaria tradicional", considerou.
O Governo dos Açores realiza entre hoje e quinta-feira uma visita de trabalho à ilha Terceira, com visitas dos vários secretários a empresas ou obras sob sua alçada, bem como reuniões com o Conselho de Ilha - que junta sociedade civil e política - e com a população.