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Covid-19: Autoridades prometem material de proteção a médicos no Paquistão após protestos

LUSA
07-04-2020 14:42h

As forças armadas paquistanesas prometeram hoje que os médicos que protestaram devido à falta de equipamentos de proteção e foram detidos pela polícia em Quetta, no sudoeste do Paquistão, irão receber todo o material necessário para lidarem com a covid-19.

Os 47 médicos protestavam segunda-feira em Quetta, capital da província do Baluchistão, tendo sido detidos pela polícia e libertados no mesmo dia, de acordo com o porta-voz da província, Liaquat Shahwani.

Além dos médicos, outros profissionais de saúde participaram no protesto.

Um comunicado do exército referiu hoje que "os suprimentos de emergência de equipamentos médicos, incluindo equipamentos de proteção individual (EPI) estão a ser enviados para Quetta".

No entanto, alguns médicos disseram que foram maltratados pela polícia e que alguns dos seus colegas foram espancados, segundo a agência de notícias AP.

Dois médicos morreram depois de contrair o novo coronavírus no Paquistão, que registou até gora 4.004 casos da covid-19 e 54 mortes.

Muitos dos casos foram atribuídos a peregrinos religiosos que retornam do vizinho Irão. As autoridades paquistanesas impuseram um bloqueio em todo o país até 14 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

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