A criação de um Centro de Alojamento de Emergência Municipal e a desinfeção dos lares de idosos são algumas medidas da Câmara de Palmela, no distrito de Setúbal, para reforçar a prevenção no âmbito da pandemia da covid-19.
Segundo revelou hoje a autarquia, o conjunto de medidas do município inclui também a criação de uma subcomissão de saúde da Comissão de Proteção Civil de Palmela, a funcionar em regime permanente, constituída pela autarquia, pelas corporações de bombeiros do concelho, Segurança Social, GNR e autoridade local de Saúde.
Está igualmente previsto o apoio aos corpos de bombeiros, IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), associações de idosos e Juntas de Freguesia, através da cedência de Equipamentos de Proteção Individual (máscaras, luvas e fatos), álcool e hipoclorito de sódio.
A Câmara de Palmela pretende ainda estabelecer um protocolo com um laboratório de análises clínicas, para a realização de testes covid-19 a bombeiros e trabalhadores municipais que tenham estado em contacto, nas suas funções, com cidadãos infetados.
Entre outras medidas, a Câmara de Palmela propõe também ter escolas em funcionamento para acolher os filhos de profissionais de saúde e de outros serviços essenciais, efetuar o recenseamento de empresas/entidades que poderão, em caso de emergência, garantir o alojamento e alimentação de cidadãos, equipas de profissionais de saúde, bombeiros e GNR.
Assegurar um serviço gratuito - “não saia de casa, nós vamos por si” -, de apoio a pessoas idosas na aquisição de bens essenciais e medicamentos é outra prioridade do município de Palmela no conjunto de medidas que incluem ainda diversas medidas de apoio ao tecido económico e empresarial da região, incluindo o apoio a estabelecimentos de restauração e comércio e uma campanha de promoção dos vinhos do concelho.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil. Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).
Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.