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Covid-19: JP defende reagendamento de estágios profissionais e recusa faltas justificadas

LUSA
06-04-2020 17:13h

A Juventude Popular (JP), estrutura que representa dos jovens do CDS-PP, defendeu hoje o reagendamento dos estágios profissionais interrompidos devido à covid-19, recusando o seu término antecipado com faltas justificadas.

“O que está em causa são estágios que ainda não terminaram devido ao estado de emergência decretado e em que o IEFP quer obrigar as empresas a aceitar, como faltas justificadas, o tempo em falta”, afirmou a JP numa carta enderaçada à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Em comunicado hoje divulgado, aquela estrutura condenou “a atitude do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)” relativamente a “milhares de jovens portugueses, que frequentavam estágios promovidos por esta entidade em empresas”.

Em alternativa, propõem que nos casos em que seja possível, o IEFP aconselhe “as empresas a uma transição para regime de teletrabalho em todos os estágios inseridos em atividades profissionais e empresas”, em vez de os terminar, ou que seja reagendado o “calendário de estágio para um novo período” quando essa solução não for viável.

 A JP, liderada por Francisco Mota, quer também uma realocação das verbas do IEFP destinadas à formação, assegurando o pagamento de salários dos estágios “que possam estar sob a iminência de cessar abruptamente devido à pandemia e consequente estado de emergência”.

A Juventude Popular defendeu que o Estado assegure o “pagamento dos estágios profissionais às empresas”, mas assinala as “necessidades particulares que cada setor de atividade e modelo de negócio exigem, bem como dos obstáculos de adequação a novos modelos de trabalho à distância”.

Assim, outra das propostas passa por “canalizar todos os meios para a elaboração de cursos de formação em implementação de modelos de teletrabalho, adequados às diferentes realidades do setor público e privado, de modo a colmatar as lacunas dos mesmos face aos desafios logísticos do atual contexto de isolamento social”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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