A Rede das Mulheres de Timor-Leste, que reúne 44 organizações, apelou hoje ao Governo que fortaleça a sensibilização da população face à covid-19, defendendo medidas para mitigar o impacto económico na sociedade, especialmente as mulheres.
Em comunicado a organização pede ainda que as autoridades não ignorem, no seu combate à covid-19, os restantes problemas de saúde que o país enfrenta e o apoio à população em geral.
“Grande parte da população não tem consciência adequada porque o processo de sensibilização da doença covid-19 não foi o máximo possível. A população não sabe as regras sobre eventuais apoios durante o estado de emergência”, refere uma nota da Rede das Mulheres (Rede Feto, em tétum).
Na comunicação divulgada hoje a organização pede que “as autoridades de saúde não se esqueçam de continuar a responder com normalidade ao atendimento do público, em questões como vacinas, maternidade, enfermaria, laboratório e farmácia.
Entre outros aspetos a organização refere o “grande impacto do estado de emergência no emprego, produção e rendimento” e que nota muita população ficou sem poder sequer aceder aos serviços de saúde por falta de transportes públicos.
A Rede das Mulheres que um reforço da segurança na fronteira, pede a participação da sociedade civil na Equipa de Gestão de Risco criada para a covid-19 e nota que há muitas vítimas de violência que “não têm coragem para relatar a sua situação”.
Entre as recomendações, a Rede Das Mulheres pede maiores esforços de sensibilização da covid-19 junto da população, que dê atenção aos restantes cuidados de saúde e que assegura que as mulheres que ficam sem vencimento sejam apoiadas
Pede ainda mecanismos de coordenação com as autoridades locais para facilitar o movimento das pessoas para os serviços de saúde.
Timor-Leste tem até agora um caso confirmado de covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.
Dos casos de infeção, mais de 283 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.