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Covid-19: Industriais de bebidas de Angola criam linha de produção de máscaras

02-04-2020 16:02h

A Associação das Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA) disponibiliza a partir da próxima semana uma linha de produção de máscaras, para distribuição aos técnicos de saúde e centros de quarentena devido à pandemia da covid-19, foi hoje anunciado.

Está em curso a distribuição de álcool e álcool gel, produzidos pelos associados da AIBA, iniciativa que visa "apoiar o Governo angolano nas ações de controlo e combate da pandemia", conforme disse hoje à Lusa o presidente da Associação, Manuel Sumbula.

Segundo o líder associativo, a linha de produção de máscaras de proteção, cujas máquinas estão já instaladas no município angolano de Viana, "iniciativa nobre" os industriais de bebidas, deve estar em funcionamento a partir da próxima semana.

"Para ajudar o pessoal do setor da saúde, nos centros de quarentena, porque de facto é hora de trabalharmos em harmonia e ajudar as autoridades a enfrentarem para vencermos a situação", disse.

O presidente da AIBA adiantou igualmente que, entre as ações diretas do setor, tem disponibilizado com regularidade "enormes quantidades" de água, sumos e algumas vezes refrigerantes, porque nessa fase "há enorme necessidade do consumo de líquidos".

Meios que disponibilizam " tanto para a Comissão Intersetorial de Controlo à Pandemia, como para o Instituto Nacional de Emergências Médicas, aos centros de quarentena e à polícia nacional", frisou.

"São uma série de medidas que estamos já a implementar, mas, a par disso, há outras questões que gostaríamos de dialogar com o Governo para ver o que mais podemos fazer em face da situação que o país atravessa", adiantou.

Angola, que cumpre hoje o sétimo dia do estado de emergência para conter a propagação da covid-19, conta com oito casos confirmados da doença, entre os quais dois óbitos e um doente recuperado.

Mais de mil pessoas no país estão em quarentena institucional e domiciliar.

Máscaras, luvas, álcool gel, álcool e o sabão azul estão entre os produtos de higienização mais procurados para proteção ao novo coronavírus, no entanto, escassos nos mercados e farmácias.

Questionado sobre o volume de investimentos da AIBA para a montagem da linha de produção das máscaras, Carlos Sumbula referiu-se apenas a uma "iniciativa muito nobre" porque, observou, todos os meios foram disponibilizados pelos associados.

"A linha de fabrico foi daquelas ajudas que veio a calhar, com contribuição dos tecidos, do espaço. O mesmo aconteceu com a disponibilização do álcool, temos associados que produzem, do álcool gel, produtos para distribuição gratuita", realçou.

No âmbito do estado de emergência, que decorre até 11 de abril, com limitação na circulação de pessoas e viaturas, Sumbula pediu ainda "abordagem metódica" dos efetivos da polícia e segurança no contacto com os distribuidores grossistas.

O número de infeções pelo novo coronavírus em África ultrapassou hoje a marca dos seis mil casos (6.313), registando-se 221 mortes em 49 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente africano.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 944 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 48 mil.

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