Os países africanos regrediram nos últimos cinco anos no acesso dos jovens à educação e formação que facilite o acesso a empregos, conclui um relatório da Fundação Mo Ibrahim publicado hoje.
Segundo o documento, "desde 2014, em média, os países africanos regrediram na promoção de educação de alta qualidade, formação e investigação e desenvolvimento e na satisfação das necessidades de uma economia competitiva".
O resultado, vinca a primeira edição do "Relatório da Governação Africana", é uma cada vez maior população jovem com dificuldades em entrar no mercado de trabalho.
"Para melhorar os resultados na educação, os governos africanos devem dar prioridade ao envolvimento ativo com o setor privado, avaliar as necessidades e exigências do mercado de trabalho e abrir oportunidades de formação, além de desenvolver políticas educacionais direcionadas que correspondam a uma economia competitiva", refere.
O relatório usa dados do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG), que mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos do ano anterior.
O estudo faz uma avaliação da governação e implementação pelos países africanos da Agenda 2063 da União Africana, bem como da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações Unidas em áreas como a educação, saúde, igualdade de género, prosperidade e oportunidades económicas, segurança e justiça.