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Covid-19: ERCA pede "rigor e profissionalismo" à comunicação social de Angola

LUSA
01-04-2020 19:33h

A Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) pediu hoje aos órgãos de comunicação para que informem “com o necessário rigor e profissionalismo” e aos cidadãos para não partilharem informação falsa, num esforço para conter a propagação da covid-19.

Num comunicado do conselho diretivo da ERCA, a organização assinalou que deliberou sobre a necessidade de os órgãos de comunicação social do país “continuarem a informar com o necessário rigor e profissionalismo e a mobilizar todos os cidadãos para a observância das normas sanitárias que visam minimizar o contágio” pelo novo coronavírus.

Da mesma forma, a entidade reguladora angolana apelou para que os órgãos de comunicação social “não ampliem informações que pretendam pretensamente demonstrar a existência de medicamentos para a cura da covid-19, sem evidências científicas ou consultarem as autoridades sanitárias”.

A ERCA destacou a importância de se garantir que os cidadãos angolanos não partilham conteúdos duvidosos, uma vez que estes podem minar o combate à pandemia.

Assim, exortou “os cidadãos que utilizam as redes sociais a não partilharem de forma automática conteúdos sem verificar a sua autenticidade e seriedade, sobretudo quando eles são potencialmente sensíveis no atual contexto da crise provocada pela pandemia”.

O regulador angolano alertou que “a responsabilidade da disseminação de informação falsa ou alarmista nas redes sociais também é de quem a partilha”, assinalando que há “cada vez maior capacidade das autoridades em identificarem os prevaricadores”.

A ERCA recomendou também aos utilizadores das redes sociais para que “transformem a sua intervenção” nestas plataformas em “exemplos de cidadania ativa e positiva”.

Angola registou já dois óbitos num total de sete casos positivos de infeção pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 44 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes em África subiu para 196, num universo de mais de 5.700 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.

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