Segundo um comunicado, que a entidade publicou no seu ‘site’, a OMT sugere várias áreas de ação, incluindo “gestão da crise e mitigação do impacto”, em que recomenda que se mantenham os empregos, se apoie os trabalhadores independentes e que se “assegure liquidez”, além da promoção de ‘skills’ e da revisão de impostos, custos e regulamentos ligados às viagens e turismo.

A OMT acredita que uma “recessão económica global” parece provável e que o turismo, sendo de mão-de-obra intensiva, “será particularmente atingido, com milhões de empregos em risco”, sendo que o organismo alerta sobretudo para o risco nos postos de trabalho de mulheres e dos mais jovens, ou de grupos marginalizados.

A OMT apela ainda a que sejam providenciados “estímulos financeiros, incluindo políticas fiscais favoráveis, o levantamento de restrições às viagens quando a emergência de saúde permitir, promover a facilitação na concessão de vistos, aumentar o marketing e apostar na confiança dos consumidores”, para acelerar a recuperação.

De acordo com a organização, é preciso que haja ainda uma preparação para o futuro, tendo em conta a “capacidade única do turismo” para liderar o crescimento nacional e local.

A OMT pede aos governos e ao setor privado que elaborem “planos de preparação” e que aproveitem a oportunidade para realizar a transição para uma “economia circular”.

O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, citado no mesmo comunicado, acredita que estas recomendações podem funcionar como listas “de possíveis medidas para ajudar o setor e reter empregos e empresas” ameaçadas.

Em 06 de março, a OMT reviu em baixa as estimativas para o turismo internacional, prevendo recuos entre 1% e 3% este ano e perdas até 45 mil milhões de euros, devido ao coronavírus.

A organização estima que as perdas oscilem entre os 27 mil milhões de euros (30 mil milhões de dólares) e 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares).

Antes do surto de Covid-19, a OMT previa um crescimento do setor entre os 3% e os 4% este ano, de acordo com a mesma nota.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).