“O gabinete do Presidente deseja informar o público que o diretor dos Serviços de Saúde dispensou sua excelência Mokgweetsi Eric Keabetswe Masisi, Presidente da República do Botsuana, da quarentena domiciliária com efeitos imediatos”, refere o comunicado, partilhado nos canais oficiais presidenciais.

O documento acrescenta que a decisão surge após “os seus resultados aos testes de ontem [terça-feira] à covid-19 terem dado negativo”.

Mokgweetsi Masisi estava em isolamento há mais de uma semana, depois de ter regressado de uma viagem à Namíbia, onde, em conjunto com outros chefes de Estado africanos, assistiu à tomada de posse do Presidente namibiano, Hage Geingob.

O Botsuana conta com quatro casos confirmados de infeção de covid-19 no seu país, tendo, na terça-feira, anunciado a primeira vítima mortal.

Num anúncio feito na televisão BTV, o vice-presidente do país, Slumber Tsogwane, anunciou a morte de uma mulher de 79 anos que tinha estado na África do Sul e referiu que 14 pessoas estavam sob observação por terem contactado com a vítima mortal.

O responsável referiu que a mulher começou a apresentar sintomas em 21 de março e que morreu na quarta-feira passada, dia 25.

Na manhã do mesmo dia, as autoridades decretaram estado de emergência em todo o país, ordenando que, a partir do dia 02 de abril, “deverá haver um distanciamento social extremo” durante 28 dias.

“O regresso de alguns dos nossos cidadãos e residentes de países de alto risco elevou a ameaça do vírus no nosso país. Dessa forma, após consultar as partes necessárias, tornou-se clara a necessidade de declarar estado de emergência pública para que sejam tomadas medidas apropriadas para enfrentar os riscos colocados pela pandemia de covid-19”, afirmou o Presidente na terça-feira.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 885 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 44 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes em África subiu para 173, com os casos confirmados a ultrapassarem os 5.000 em 48 países, de acordo com as mais recentes estatísticas sobre a doença no continente.