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Covid-19: UMinho vai disponibilizar computadores e acesso à Internet aos alunos mais carenciados

01-04-2020 14:11h

A Universidade do Minho (UMinho) vai disponibilizar computadores e acesso à Internet aos alunos mais carenciados, para garantir que ninguém fica para trás com o ensino à distância implementado por causa da covid-19, anunciou hoje o reitor.

Em conferência de imprensa, Rui Vieira de Castro disse que já está a ser feito um "levantamento exaustivo" das situações mais críticas e adiantou que uma das soluções pode passar pela alteração do regulamento do Fundo Social de Emergência (FSE).

O objetivo é que o FSE possa ser aplicado na compra de equipamentos e comunicações, de forma a que os alunos possam completar as suas unidades curriculares.

Paralelamente, vão ser feitas campanhas junto de antigos estudantes da UMinho, para que também estes possam dar uma ajuda.

"Esta é uma realidade à qual estamos muito atentos", referiu Rui Vieira de Castro.

Sublinhou que, entre os cerca de 19.500 estudantes da academia, há perto de 6.000 com bolsa.

A atividade letiva na UMinho relativa ao 2.º semestre do atual ano letivo será assegurada em regime de ensino à distância.

O período letivo é alargado até 27 de junho, de forma a permitir uma gestão "mais flexível" do desenvolvimento das unidades curriculares.

Estas medidas são consequência da pandemia da covid-19, que já tinham levado a Universidade do Minho, no início deste mês, a suspender as atividades letivas presenciais.

Rui Vieira de Castro disse que a transição das aulas presenciais para o ensino à distância tem sido bem-sucedida e tem permitido o normal funcionamento da grande maioria das unidades curriculares, mas admitiu "normais dificuldades" naquelas em que há uma mais forte componente prática.

Em relação aos funcionários, a esmagadora maioria está em teletrabalho.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de quinta-feira.

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