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Covid-19: Bolsa de valores brasileira regista pior trimestre da história

LUSA
01-04-2020 08:21h

A bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) registou nos primeiros três meses deste ano o seu pior resultado trimestral da história, consequência dos impactos negativos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira e mundial.

De janeiro até terça-feira, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, perdeu 36,86%, segundo um levantamento feito pela consultora Economática.

A queda de 36,85% registada no primeiro trimestre de 2020 conseguiu superar o recuo de 1986, ano em que caiu 36,25%, de acordo com o jornal o Globo.

"Desde 2008, não víamos algo tão impactante. Mas esta crise é diferente. A de 2008, começou no setor financeiro, e trouxe preocupação com a questão do crédito. Agora, os impactos afetam as cadeias globais e uma extensa rede de conexões na economia real. O ano já começou com uma escalada de tensões entre o Irão e os Estados Unidos, mas a proporção que a pandemia tomou era imprevisível até fevereiro", afirmou ao Globo um analista da empresa Ativa Corretora, Ilan Arbetman.

Em relação ao mês março, o Ibovespa acumulou uma desvalorização de 29,90%, o quarto pior desempenho mensal da história.

O Brasil ultrapassou na terça-feira a barreira dos 200 mortos pelo novo coronavírus, tendo registado até ao momento 201 óbitos e 5.717 infetados, anunciou o Governo brasileiro, acrescentando que foram confirmados 1.138 casos positivos nas últimas 24 horas.

Foi batido um novo recorde no número de casos diagnosticados em apenas um dia (1.138), desde o início da pandemia no Brasil, que até agora tinha sido de 502 infetados em 24 horas.

Segundo o Executivo brasileiro, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, a taxa de mortalidade da covid-19 no Brasil é agora de cerca de 3,5%.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 452 mil infetados e mais de 29.900 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 mortos em 105.792 mil casos confirmados.

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