A Organização Mundial da Saúde (OMS) exortou quinta-feira o Governo angolano a "acelerar os esforços" para a concretização da Estratégia Nacional de Saúde Mental, Álcool, Tabaco e outras Drogas, com vista à "melhoria da saúde mental" no país.
"O OMS tem vindo a apoiar o Governo de Angola na criação de uma resposta nacional à saúde mental, e neste âmbito foi elaborada e aprovada a Estratégia Nacional de Saúde Mental, Álcool, Tabaco, um guia orientador de ação e intervenção conjunta, na qual encorajamos o Governo a acelerar os esforços para sua implementação", afirmou Fernanda Alves, representante em exercício da OMS em Angola.
Segundo a representante da OMS, que falava em Luanda, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Saúde Mental, que quinta-feira se assinala, o foco na prevenção do suicídio é uma importante ocasião para refletir sobre esta "grave e negligenciada" questão.
"Juntos na Prevenção do Suicídio" é o lema das celebrações do Dia Mundial da Saúde Mental.
Para Fernanda Alves, "contrariamente ao que as pessoas pensam", o suicídio não é um desafio unicamente dos países desenvolvidos, uma vez que "80% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda".
"É neste prisma que a OMS apela aos países a reforçarem a saúde mental e os sistemas de cuidados em todos os contextos. Esta preocupação deve ser maior ainda, se atentarmos para o facto de que para cada suicídio há mais vinte tentativas", notou.
A OMS espera que os governos promovam a "colaboração multissetorial", incluindo o "fortalecimento de políticas para reduzir o uso nocivo do álcool, promovam a capacitação de trabalhadores não especializados para avaliar e gerenciar o comportamento suicida", adiantou.
As autoridades angolanas anunciaram, na ocasião, que, nos últimos cinco anos, se registaram cerca de 2.500 suicídios no país.