SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: "Temos que estar preparados" para perder empresas e empregos - Siza Vieira

LUSA
31-03-2020 12:51h

O ministro da Economia admitiu hoje ser “inevitável” o encerramento de algumas empresas e a perda de postos de trabalho devido à crise gerada pela pandemia, salientando a importância de pensar desde já em como “apoiar a retoma”.

“Infelizmente acho que temos que estar preparados para isso. Num contexto em que a atividade económica tem uma travagem tão brusca e tão acentuada como a que estamos a ter, vamos tentar proteger o maior número possível de empregos e preservar o mais possível as empresas, evitando a sua destruição, mas sabemos que há muitos casos onde o impacto vai ser muito significativo e por isso é que temos também desde já de pensar como é que podemos apoiar a retoma”, afirmou Pedro Siza Vieira em entrevista à rádio TSF.

Embora admitindo que “o foco primeiro tem de ser o da emergência”, inserindo-se aqui as medidas tomadas para no imediato “proteger o mais possível o emprego e preservar a capacidade produtiva das empresas”, o governante salientou que é preciso “começar a pensar como é que se vai conseguir estimular a criação de empregos (porque muitos deles inevitavelmente vão ficar destruídos) e como é que se pode voltar a apoiar o investimento empresarial no momento em que as empresas voltarem a tentar chegar aos mercados externos e interno”.

“Todo esse trabalho é um trabalho que temos de estar a fazer simultaneamente, temos de estar a olhar para vários tempos e para muitas áreas e pensar, no médio prazo, qual é nossa estratégia de saída e de que forma apoiamos a retoma mais rápida possível da economia”, sustentou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

MAIS NOTÍCIAS