A Áustria acolheu hoje 231 auxiliares de enfermagem provenientes da Roménia e da Bulgária que prestam assistência a idosos, para evitar que haja falta de funcionários a apoiar este segmento da população, por causa da doença provocada pelo SARS-Cov-2.
De acordo com a agência France-Presse (AFP), a assistência à população idosa na Áustria está dependente de trabalhadores destes dois países, que costumam ficar a viver em casa das pessoas a quem prestam auxílio.
Por isso, estes auxiliares de enfermagem domiciliar chegaram hoje ao país, na sua maioria mulheres, onde vão permanecer em isolamento, em hotéis, para confirmar que não há funcionários contagiados com a covid-19.
Os custos do alojamento, assim como a viagem de avião, são suportados pelas autoridades austríacas, confirmou a AFP.
Dos cerca de 65.000 cuidadores, dos quais 80% são provenientes da Roménia e Eslováquia, trabalham na Áustria, onde cerca de 33.000 têm de prestar assistência a idosos durante o dia e a noite.
Contudo, o encerramento de fronteiras na União Europeia estava a colocar em causa esta assistência, uma vez que muitos destes funcionários trabalhavam durante 15 dias e regressavam durante um período aos países de origem.
Com as fronteiras fechadas para impedir a propagação da pandemia, a maior parte destes trabalhadores ficaria impedida de voltar à Áustria.
O SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).
Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), a França, com 2.606 mortes (40.174 casos) e os Estados Unidos com 2.514 mortes (143.055 casos).