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Covid-19: Associação Académica de Coimbra estima perder “centenas de milhares de euros”

LUSA
30-03-2020 19:04h

A Associação Académica de Coimbra (AAC) afirmou hoje que a pandemia de covid-19 deverá levar a perdas financeiras de "centenas de milhares de euros" nos próximos três meses.

"As perdas financeiras da AAC vão rondar as centenas de milhares de euros apenas nos três meses que se avizinham", afirma a direção-geral da AAC, num comunicado enviado à agência Lusa, salientando o impacto do adiamento da Queima das Fitas - uma das principais fontes de receita da casa.

O adiamento da Queima das Fitas, que vai realizar-se em outubro, substituindo-se à Latada, "para lá de implicar a perda de receita associada à Festa das Latas e Imposição de Insígnias", apenas poderá permitir que em 2021 haja uma distribuição de verbas provenientes do evento.

Para além disso, "soma-se a incerteza de financiamentos a receber", tanto por parte de patrocinadores como do próprio valor a receber por parte do Estado, através do Instituto Português do Desporto e Juventude, refere a direção-geral, mostrando-se também preocupada com a situação financeira das secções culturais e desportivas e dos núcleos de estudantes.

Nesse sentido, a AAC vai avançar com a renegociação de todos os encargos contratuais da AAC e ativar "todos os mecanismos de financiamento de apoio ao associativismo disponíveis, solicitando apoios extraordinários às entidades parceiras locais e nacionais".

Segundo o comunicado, será também mantido o pagamento integral dos salários dos 25 funcionários da casa, enquanto permanecem "em casa junto das suas famílias".

"Tudo teremos de fazer para proteger os seus empregos e preservar as suas remunerações", vinca a direção-geral, liderada por Daniel Azenha.

A AAC "vive tempos de enorme esforço, como todas as instituições e famílias em Portugal, tendo a responsabilidade de preservar os seus postos de trabalho, analisar o seu orçamento e o impacto que este novo paradigma pode ter na sua capacidade de cumprir os seus compromissos", refere ainda a nota.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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