A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro apresentam na quinta-feira, em Coimbra, um "projeto transfronteiriço inovador de investigação e deteção precoce da leucemia", foi anunciado esta quarta-feira.
Designado "IDIAL_NET - Rede Transfronteiriça de Inovação no Diagnóstico Precoce da Leucemia para um envelhecimento saudável", o projeto é coordenado pela Fundação de Investigação do Cancro da Universidade de Salamanca (FICUS).
A apresentação pública ocorrerá na quinta-feira, pelas 15:30, no auditório da Unidade de Alcoologia de Coimbra (Quinta da Conraria, junto ao Hospital Sobral Cid).
Esta rede multidisciplinar ibérica é financiada pela União Europeia em 1,15 milhões de euros - no âmbito do programa INTERREG/POCTEP, envolvendo a Região Centro de Portugal e a Região de Castela e Leão, em Espanha.
Tem como prioridade promover a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro do sangue (leucemia linfocítica crónica, a leucemia mais frequente no mundo ocidental) e das complicações da doença.
Entre os seus objetivos estão ainda "a implementação de estudos de triagem na população adulta para deteção de células específicas (linfocitose B monoclonal) que permitem identificar estádios pré-malignos da doença", refere a Universidade de Coimbra (UC), em nota divulgada hoje.
O aumento do conhecimento sobre a evolução deste tipo de cancro e o desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico minimamente invasivas e inovadoras e altamente sensíveis, são também metas do projeto.
O consórcio prevê a transferência do conhecimento adquirido para os Sistemas Regionais de Saúde dos dois países: rede do Serviço Nacional de Saúde em Portugal e sua equivalente em Espanha.
"O consórcio do projeto IDIAL_NET - que envolve investigadores altamente especializados nas áreas da saúde pública, oncologia, hematologia, envelhecimento, genética e diagnóstico laboratorial e com vasta experiência em robótica e desenvolvimento de dispositivos médicos - é constituído por oito parceiros, sendo três deles portugueses, a Universidade de Coimbra (representada pela FMUC), a Administração Regional de Saúde do Centro e a empresa conimbricense InfoGene", informa a UC.
Do lado espanhol, participam no estudo o Centro de Investigação do Cancro da Universidade de Salamanca, a Direção-Geral de Saúde Pública de Castela e Leão, o Centro Tecnológico CARTIF de Valladolid e as empresas Cytognos e InmunoStep.