O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) anunciou hoje ter alargado o prazo de pagamento das propinas, devido às “dificuldades acrescidas” das famílias e para evitar que os estudantes abandonem os estudos, devido à pandemia de covid-19.
A medida permite que as prestações das propinas de março a junho possam ser pagas até 31 de julho, explicou hoje o IPP, em comunicado.
“O Politécnico de Portalegre está ciente das dificuldades acrescidas para a maior parte dos agregados familiares, no atual contexto socioeconómico. Procurando que esta situação não coloque em risco a continuidade dos estudos para nenhum estudante, foi decidida a prorrogação do pagamento das propinas”, lê-se no comunicado, assinado pelo presidente do IPP, Albano Silva.
O responsável indicou, por outro lado, que a residência existente em Portalegre “está a funcionar com 60 estudantes”, na sua maioria estrangeiros, que optaram por ficar na cidade.
“Com medidas internas de isolamento social, o Politécnico criou condições suplementares para possibilitar comportamentos sociais adequados à situação e para melhor poderem acompanhar as atividades letivas à distância”, lê-se no comunicado.
Nesse sentido, “aumentaram-se” os recursos informáticos disponíveis e passou-se a fornecer a estes 60 estudantes duas refeições diárias que são confecionadas numa das cantinas do Politécnico e colocadas na residência em regime de "take-away”.
O IPP reforçou ainda na residência de estudantes o serviço de limpeza, de portaria e de vigilância, para “aumentar” a higienização e o acompanhamento dos alunos.
O Politécnico desenvolve, desde o dia 16 deste mês, o processo de ensino e aprendizagem em regime não presencial, estando os estudantes a trabalhar com os seus professores através de plataformas de ensino à distância que vão sendo "aperfeiçoadas diariamente".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
No Alentejo, segundo a DGS, há 45 casos de infeção confirmados e ainda não se registou qualquer morte por covid-19.