A ideia nasceu do espírito altruísta, de um pequeno grupo de amigos que não conseguiu ficar indiferente aos pedidos diários, que lhes chegavam de outros amigos, neste caso médicos, que na linha da frente, lutam na batalha contra o Coronavírus nas várias unidades hospitalares de norte a sul do País.

Sediada em Porto Salvo, concelho de Oeiras, a fábrica de Francisco Tenente, está desde a semana passada a laborar, única exclusivamente, na produção de Viseiras em regime pro bono, ou seja, voluntariamente e de forma gratuita, em conjunto com outra empresa de Murtede, em Cantanhede.

Contam também com o apoio de centenas de portugueses que, a partir das suas casas, através de impressoras 3D, produzem eles próprios as Viseiras, “Trata-se de um movimento cívico, inédito no nosso País, chamado “Movimento Maker-Portugal” no Facebook”, acrescenta o jovem empresário.

Assim sendo, esta plataforma SOSCOVID, consegue fabricar, por agora, cerca de 2 mil Viseiras por dia. Francisco, deixa, no entanto, o apelo para se aumentar a eficácia desta iniciativa e, quem sabe, num futuro próximo estarem a produzir 6 mil Viseiras por dia.

Unir esforços, pensar um dia de cada vez, mas projetar o futuro, para isso esta equipa já está a trabalhar noutros modelos passíveis de fabrico em várias tecnologias além da impressão 3D, quer seja a corte de laser ou moldes de injeção. Atualmente, estão também em fase de criação de protótipos de Ventiladores e seus componentes e outras soluções ligadas à acessibilidade, como por exemplo, adaptadores para empurrar carrinhos de supermercado, ou maçanetas de portas, tudo para se evitar o contato com as mãos e reduzir a taxa de infeção da Covid-19, na comunidade.

Na última ida aos Correios, Francisco Tenente despachou 796 viseiras com destino a 17 Hospitais.