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Nova data dos Jogos Paralímpicos "permite novo planeamento da preparação" - Comité

LUSA
30-03-2020 15:28h

O presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP) considerou hoje que a nova data para os Jogos Paralímpicos, adiados para 2021 devido à pandemia de covid-19, “permite aos atletas fazerem o replaneamento da preparação”.

“Esta nova data [24 de agosto a 05 de setembro] permite que agora a família do desporto colabore na contenção do vírus e depois façam o replaneamento dos calendários”, disse José Lourenço à agência Lusa.

O líder do CPP considerou que as novas datas, hoje anunciadas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 “demonstram um esforço por parte do comité organizador, e do Governo do Japão para encontrarem a data que permite ter mais tempo para a preparação”.

José Lourenço relembrou que se mantêm as vagas já conquistas e as quotas por país que já estavam asseguradas para os Jogos Paralímpicos Tóquio2020, inicialmente agendados para decorrerem de 25 de agosto a 06 de setembro deste ano.

O presidente do CPP considerou que a data “permite que as federações de modalidade e os comités paralímpicos ajustem o seu trabalho em relação à preparação”.

José Lourenço admitiu que o adiamento da competição por um ano “vai, naturalmente, ter influência nas verbas de preparação”, mas considerou agora “importante é vencer a batalha contra a covid-19”.

Na terça-feira passada, o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Governo japonês concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio deviam ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021.

Esta decisão inédita foi tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional".

Desde 1988, que os Jogos Paralímpicos passaram a utilizar as instalações dos Jogos Olímpicos, e, mais recentemente, os dois eventos começaram a ter o mesmo comité organizador.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.

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