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Covid-19: Nações Unidas doam 250 mil máscaras para combater pandemia em Nova Iorque

LUSA
28-03-2020 17:42h

O secretário-geral das Nações Unidas anunciou hoje a doação de 250 mil máscaras protetoras aos Estados Unidos, para serem usadas no combate à propagação do novo coronavírus na cidade de Nova Iorque, fortemente afetada pela pandemia de covid-19.

António Guterres justificou a doação das máscaras, armazenadas em instalações da ONU, com a necessidade de travar a propagação da infeção por covid-19 na cidade mais populosa dos Estados Unidos da América.

"Estas máscaras serão dadas aos profissionais de saúde na cidade de Nova Iorque, que tão corajosa e abnegadamente têm combatido a propagação da covid-19 nos bairros, na esperança de que venham a ter um pequeno papel no salvamento de vidas", disse o secretário-geral das Nações Unidas.

Guterres adiantou ainda que a ONU e a Missão Americana nas Nações Unidas estão a "trabalhar de perto" com o presidente da câmara de Nova Iorque, Bill Blasio, para que as máscaras cheguem rapidamente aos profissionais de saúde na primeira linha do combate ao novo coronavírus.

"Em nome da comunidade das Nações Unidas e do corpo diplomático, esperamos, sinceramente, que esta modesta doação possa fazer diferença", concluiu Guterres.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 28.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 129.100 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 337 mil infetados e mais de 20 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 9.134 mortos em 86.498 casos registados até quinta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 5.690, entre 72.248 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infetados (mais de 104 mil).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.394 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.295 mortes. A China anunciou hoje 54 novos casos, todos oriundos do exterior, e mais três mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.517 mortes reportadas (35.408 casos), a França, com 1.995 mortes (32.964 casos) e os Estados Unidos com 1.711 mortes.

O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu para 117 com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.900 em 46 países, segundo a mais recente atualização das estatísticas sobre a pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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