A Albânia enviou hoje uma equipa de 30 médicos e enfermeiros para Itália, um dos países a nível mundial mais afetados pela pandemia da covid-19 e onde vive uma grande comunidade albanesa, divulgou o Governo de Tirana.
A equipa partiu hoje do aeroporto de Tirana (capital da Albânia) e a partida dos profissionais de saúde foi presenciada pelo primeiro-ministro albanês, Edi Rama.
Os profissionais de saúde albaneses vão “para a região da Lombardia para ajudar os colegas italianos”, afirmou Edi Rama, num vídeo publicado na rede social Facebook e citado pelas agências internacionais.
A Lombardia, no norte de Itália, é a região italiana mais afetada pela pandemia da covid-19, com mais de metade das mortes registadas naquele país, 5.402 num total nacional de 9.134, segundo o último balanço das autoridades italianas, divulgado na sexta-feira.
A Albânia, que tem escassez de médicos - 1,2 médicos por cada 1.000 habitantes, contra 4,1 médicos em Itália, segundos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) – apelou recentemente a cerca de 2.000 médicos aposentados para entrarem novamente no ativo e para ajudarem a travar a propagação do novo coronavírus.
"Hoje somos todos italianos (...) A Itália vencerá esta batalha", disse Edi Rama, numa breve cerimónia no aeroporto que assinalou a partida da equipa médica albanesa.
Segundo as autoridades sanitárias albanesas, os 30 médicos e enfermeiros, que vão ficar um mês em Itália, serão pagos pelo Governo albanês.
Atualmente, cerca de 400 mil albaneses vivem em Itália.
Na zona dos Balcãs Ocidentais, onde fica a Albânia, os contágios pelo novo coronavírus têm vindo a aumentar de forma expressiva.
Esta região pobre da Europa está a tentar preparar-se para o pior, tendo de lidar com um sistema de saúde fragilizado devido ao êxodo de médicos e pela falta de equipamentos.
Na Albânia, país com 2,8 milhões de habitantes, a doença covid-19 já matou, até à data, 10 pessoas, em quase 200 casos de infeção identificados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 600.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 28.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 129.100 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
A Europa é a zona do mundo mais afetada pela pandemia da covid-19, tendo já ultrapassado a barreira das 20 mil mortes, em mais de 337 mil casos de infeção pelo novo coronavírus.