A Coreia do Sul confirmou hoje mais dois casos de febre suína africana próximo da fronteira com a Coreia do Norte, apesar dos esforços para conter a epidemia que atingiu as populações de suínos em toda a Ásia.
O Ministério da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais disse que testes de laboratório confirmaram o décimo primeiro caso no país em duas fazendas em Paju, uma cidade de fronteira, onde a primeira infecção foi confirmada a 17 de Setembro.
As autoridades estão a esforçar-se para deter a propagação da doença, tomando medidas como a desinfectando das quintas, camiões e estradas, proibindo o movimento de animais e abatendo 93.500 porcos.
Ainda está a ser planeado o abate de pelo menos 17.000 porcos, incluindo os animais em quintas dentro de um raio de três quilómetros das duas fazendas de Paju, onde as infecções foram confirmadas recentemente.
A doença é inofensiva para os seres humanos, mas altamente fatal para os porcos. Não existe vacina ou tratamento eficazes.
As autoridades ainda precisam determinar de onde a doença veio, mas uma fonte provável é a Coreia do Norte, que relatou um surto próximo à sua fronteira com a China em Maio.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte suspendeu praticamente toda a cooperação com os sul-coreanos devido à paralisação nas negociações de desnuclearização entre os norte-coreanos os Estados Unidos, o que complicou os esforços para impedir que a doença chegasse à área de fronteira.
Numa reunião fechada na semana passada, o responsável pelos serviços de informação sul-coreanos, Suh Hoon, usou gráficos para explicar que a doença se espalhou por quase todo o território da Coreia do Norte, de acordo com os parlamentares que participaram na sessão.