O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto vai receber um financiamento de 8,5 milhões de euros da Comissão Europeia no âmbito de quatro projetos na área de imunologia, neurobiologia, bioengenharia e separação de biomoléculas.
Em comunicado, o Instituto de Inovação em Saúde (i3S) avança que as quatro candidaturas ao programa ‘Widening’ do Horizonte 2020, três ao programa de inovação ‘Era Chair’ e uma ao programa ‘Twinning’ foram “aprovadas” pela Comissão Europeia.
No âmbito das três ‘Era Chair’, financiadas em cerca de 2,5 milhões cada, o instituto da Universidade do Porto vai constituir “novas equipas” na área da imunologia, neurobiologia e bioengenharia molecular.
O projeto na área de imunologia, intitulado ‘ImmunoHUB’, vai trabalhar em áreas “emergentes” e pouco “consolidadas no i3S”, tais como o desenvolvimento imunológico, imunologia tumoral, inflamação ou patogénese.
Citados no comunicado, os investigadores líderes desta ‘Era Chair’, Nuno Alves e Margarida Saraiva afirmam que o projeto vai permitir “organizar uma série de seminários, workshops e cursos”, bem como, promover novas colaborações.
“A relevância do sistema imunitário está plasmada no facto de uma ineficaz ou desregulada resposta imune estar frequentemente associada ao aparecimento de doenças infecionas, autoimunidade, cancro e doenças degenerativas (…) O que torna a imunologia um pilar de interesse transversal”, lembra o instituto.
Por sua vez, na área da bioengenharia molecular, o projeto ‘MOBILIsE’ vai, através da contratação de uma nova equipa de investigadores, focar-se na medicina de precisão, mais concretamente, em “terapias especificas e no diagnóstico molecular”.
Também citado no comunicado, o investigador Fernando Monteiro adianta que o projeto “vai impulsionar a translação do desenho de novos alvos moleculares para a criação de ferramentas e terapias de diagnóstico direcionadas para os grandes desafios da saúde, com especial enfoque no cancro, infeção, doenças neurodegenerativas e reparação / regeneração de tecidos”.
Já na área da neurobiologia, o projeto ‘NCBIO’ visa “criar uma nova interface no i3S na área das neurociências que envolva diferentes ‘stakeholders’, desde investigadores, clínicos, doentes até à indústria farmacêutica”, afirma o instituto, citando Mónica Sousa, investigadora que vai coordenar o projeto.
Paralelamente às ‘Era Chair’, o i3S viu também aprovada a candidatura ao programa ‘Twinning’, no valor de 900 mil euros, com o projeto ‘PhasAGE’.
Durante três anos, o projeto, que envolve também a Universidade de Pádua (Itália), a Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha) e o Instituto de Biotecnologia de Flandres (Bélgica), vai focar-se na “separação de fases de biomoléculas, aplicada ao estudo de doenças associadas ao envelhecimento”.
Segundo Sandra Macedo Ribeiro, investigadora líder do projeto, vão ser delineados cursos práticos, formação técnica e congressos internacionais com vista ao “desenvolvimento de protocolos para o estudo de mecanismos de separação de fases de biomoléculas”.