A União de Freguesias do Centro Histórico do Porto isentou por três meses os seus sete inquilinos do pagamento das rendas, recomendando à Câmara que suspenda o pagamento das rendas nas suas habitações, disse hoje o autarca.
Segundo o presidente daquela união de freguesias, António Fonseca, a medida vai permitir apoiar, no total, sete inquilinos, numa altura em que as despesas das famílias está a crescer em virtude da pandemia da covid-19.
"São sete, mas se fossem trinta apoiaríamos na mesma", afirmou à Lusa, revelando que o pagamento das rendas totalizava cerca de 1.000 euros.
António Fonseca espera que a medida possa ser replicada por outras uniões de freguesia e pela própria Câmara do Porto.
Nesse sentido, o autarca vai recomendar que o município avance com uma moratória e suspenda, por seis meses, o pagamento das rendas dos inquilinos municipais que habitem naquela união de freguesias.
Para além desta medida, a União de Freguesia do Centro Histórico tem já em funcionamento respostas de apoio à população da freguesia, estando agora a disponibilizar quatro linhas de atendimento ao público.
De acordo com o autarca, foram criadas três novas linhas: para prestar apoio psicológico (969 569 678), para atender às necessidades alimentares (967 606 340) e a linha "Vizinho idoso isolado" (964 241 599), para identificação de idosos em situação de fragilidade.
Em funcionamento continua a linha da secretaria (967 606 346), disponível para pedidos urgentes.
De acordo com o último balanço, a junta do Centro Histórico do Porto está neste momento a disponibilizar 180 refeições e entregou 70 cabazes.
António Fonseca sublinha, no entanto, que só tem sido possível garantir este apoio porque a junta tem recursos humanos que permitem mitigar a grande diminuição do número de voluntários com que as instituições se depararam.
Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.