As grandes organizações financeiras dos sete países mais industrializados do mundo (G7) prometeram hoje fazer “tudo o que for necessário para restaurar a confiança, o crescimento económico e proteger o emprego”, perante os danos económicos da pandemia de covid-19.
Numa declaração conjunta emitida desde Washington, as organizações financeiras enfatizaram a sua disposição para colaborar com os bancos centrais para lidar com a crise que deve precipitar a economia global para uma recessão, ainda este ano.
A interrupção generalizada da atividade económica devido à propagação do novo coronavírus ameaça provocar uma recessão global, com a perda de milhões de empregos e a falência de empresas em todo o mundo.
Para combater esta situação, os principais bancos mundiais estão a realizar operações maciças de injeção de liquidez e de descida de taxas de juro, procurando ajudar os planos de estímulo fiscal que estão a ser desenhados por numerosos governos.
O G7 promete que oferecerá o “esforço fiscal necessário para ajudar as economias a recuperarem rapidamente”, para além de continuar com medidas de estímulo monetário.
“Prometemos manter políticas monetárias expansionistas pelo tempo necessário e estamos prontos para tomar medidas adicionais, usando toda a gama de instrumentos consistentes com nossos mandatos”, acrescentou a nota emitida pelas organizações.
Nos Estados Unidos, a Reserva Federal reduziu drasticamente as taxas de juros entre 0% e 0,25% e anunciou um programa ilimitado de compra de títulos do Tesouro, enquanto no Congresso, os legisladores estão a finalizar um pacote de estímulo fiscal de mais de dois biliões de euros para manter a economia em movimento.
Na União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) também lançou toda a artilharia monetária com um programa de compra de dívida de vários milhões de dólares e as tentativas de controlar o défice fiscal devido ao impacto económico do coronavírus foram eliminadas.
O G7 é composto pelo Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, que ocupam a presidência do organismo este ano.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.