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Covid-19: Coordenação entre forças de segurança fulcral na fiscalização - sindicato

LUSA
21-03-2020 15:57h

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) destacou hoje a importância de uma “boa coordenação” entre forças e serviços de segurança na fiscalização das medidas do estado de emergência, decretado devido à pandemia por covid-19.

Para Paulo Rodrigues, uma boa parte do sucesso da fiscalização das medidas implementadas passa por “uma boa coordenação entre PSP, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, destacando que “neste momento é muito importante o controlo das entradas e saídas do pais”.

As forças e serviços de segurança vão dispor de uma listagem diária das pessoas que são obrigadas a ficar em quarentena devido à pandemia de covid-19.

Segundo o presidente da ASPP, ainda não foram recebidas pelos polícias “diretivas concretas sobre a forma de aplicar os procedimentos, mas estará para breve”, sendo importante “saber como GNR e SEF os vão aplicar”.

Na fiscalização das medidas, que incluem por exemplo o confinamento obrigatório nos hospitais ou nas residências, designadamente os doentes com Covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa, a PSP terá um papel que Paulo Rodrigues classificou de “pedagógico e de aconselhamento das populações”, pelo menos nesta primeira fase, mas considerou que a tarefa “não é nada fácil”.

“Para a PSP a fiscalização não vai ser simples porque não é fácil de regular as medidas tomadas pelo governo. Na prática, quase todos os cidadãos têm argumentos para sair à rua e até podem inventar motivos”, afirmou.

Modo diferente de atuação haverá nos ajuntamentos de pessoas nos bares, cafés ou restaurantes, situações onde “a atuação da polícia está bem definida”.

Nas restantes situações, “será utilizada muita pedagogia e aconselhamento, chamando a atenção às pessoas para o perigo de andarem na rua para elas próprias e para os outros”.

A sensibilização dos mais idosos será outra das atitudes que os elementos da PSP devem adotar.

“A nossa grande arma vai ser a pedagogia e a sensibilização das pessoas e espero que todos percebam que a situação é grave e que nos ajudem a fazer o nosso trabalho”, acrescentou.

Portugal encontra-se em estado de emergência e entre as medidas aprovadas está o “isolamento obrigatório” para doentes com a covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

Em Portugal, há 12 mortes, o dobro das registadas hoje em relação a sexta-feira, e 1.280 infeções confirmadas por covid-19, mais 260 casos.

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