O presidente congolês, Félix Tshisekedi, comunicou ao país a adoção de várias medidas de contenção para fazer face à pandemia do novo coronavírus, que já infetou 14 cidadãos, dos quais sete novos casos divulgados esta quarta-feira e um primeiro caso de contaminação nacional: uma enfermeira de um serviço de urgência. Destes registos, as autoridades revelaram que a maioria chegou via Paris ou fez escala na capital francesa.

"Estamos apenas no início desta pandemia", declarou o chefe de Estado, de 56 anos, que preside à RDCongo desde janeiro de 2019.

Num país com cerca de 80 milhões de habitantes, foi também decretado o fecho de todas as escolas e universidades já a partir de quinta-feira, a suspensão dos cultos religiosos e dos eventos desportivos, a proibição de todas as reuniões com mais de 20 pessoas em locais públicos e a interdição de abertura de discotecas, bares, cafés e restaurantes.

Depois de coordenar a luta congolesa contra a epidemia de Ébola, o professor Jean-Jacques Muyembe foi o escolhido para liderar a resposta do país à pandemia da Covid-19, tendo já deixado um alerta à população - é preciso evitar que "a doença saia de Kinshasa", onde vivem aproximadamente 10 milhões de pessoas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.